quinta-feira, 5 de abril de 2012

O NOVO MANDAMENTO


1. O Novo Mandamento


Após alguns momentos de conversa informal, Jesus levantou-se e disse: “Quando interpretei para vós uma parábola, indicando como deveríeis estar dispostos a servir uns aos outros, disse que desejava prover-vos com um novo mandamento e, agora que estou para deixar-vos, gostaria de fazer isso. Conheceis bem o mandamento que indica que deveis amar-vos uns aos outros, que ameis vosso semelhante como a vós próprios. Mas não estou plenamente satisfeito, nem mesmo com tal devoção sincera da parte dos meus filhos. Gostaria de ver-vos praticando atos ainda maiores de amor no Reino da fraternidade crente. E assim vos dou este novo mandamento: Amai uns aos outros como eu vos amei. E amando, assim, uns aos outros, todos os homens saberão que sois meus discípulos.

Ao dar-vos esse novo mandamento, não coloco nenhum peso novo sobre as vossas almas; trago, sim, a vós, uma nova alegria, tornando possível que experimenteis um novo prazer de conhecer a delícia de dar afeição do vosso coração aos vossos semelhantes. Estou na iminência de experimentar uma alegria suprema na dádiva da minha afeição a vós e aos vossos companheiros mortais, mesmo passando por um sofrimento exterior,.

Quando vos convido a amar uns aos outros, como eu vos amei, apresento a medida suprema da afeição verdadeira, pois um amor maior do que este nenhum homem pode ter: o de dar a sua vida pelos seus amigos. Sois vós os meus amigos; e continuareis sendo meus amigos se estiverdes dispostos a fazer o que vos ensinei. Me chamais de Mestre, mas não vos chamo de servos. Se apenas amardes uns aos outros, como eu vos estou amando, sereis meus amigos e sempre declararei o que o Pai revela a mim.

Não fostes meramente vós que me escolhestes, eu também vos escolhi; e ordenei- vos que saísseis pelo mundo para colher o fruto do serviço de amor aos vossos semelhantes, do mesmo modo que eu vivi entre vós e vos revelei o Pai. O Pai e eu trabalharemos ambos convosco, e vós experimentareis a plenitude divina da alegria se apenas obedecerdes ao meu mandamento para que amai uns aos outros, do mesmo modo que eu vos amei”.

Se quiserdes compartilhar a alegria do Mestre, deveis compartilhar o seu amor. E compartilhar o seu amor significa que compartilhastes o seu serviço. Essa experiência de amor não vos liberta das dificuldades deste mundo, não cria um novo mundo, mas muito certamente faz do velho um novo mundo.

Tende sempre em mente: É a lealdade, não o sacrifício, que Jesus pede. A consciência do sacrifício implica a ausência daquele afeto de todo o coração, que haveria feito desse serviço de amor uma alegria suprema. A idéia do dever significa que tendes a mente voltada para o servir e que, pois, falta a emoção poderosa de fazer o vosso serviço como um amigo e para um amigo. O impulso da amizade transcende todas as convicções do dever, e o serviço de um amigo para um amigo nunca pode ser chamado de sacrifício. O Mestre ensinou aos apóstolos que eles são filhos de Deus. Ele chamou-os de irmãos; e, agora, antes que ele parta, chama-os de seus amigos.



Extraído d'O Livro de Urântia, documento 180.